sábado, 17 de abril de 2010

Segundo o jornal "o publico" de 17 de Abril de 2010, o equipamento da Unidade de Cuidados Intensivos da Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, está à beira da ruptura. Antigos e degradados, alguns dos monitores cárdio-respiratórios e de apneia a que estão ligados os bebés que necessitam de vigilância permanente já não oferecem segurança. Se não forem urgentemente substituídos, a vida de muitos recém-nascidos poderá, brevemente, ficar em risco.
Entretanto, continuam a suceder episódios preocupantes: “Recentemente, um dos monitores monitores registava valores normais, embora o bebé estivesse em paragem cárdio-respiratória. Felizmente, o problema foi detectado e o bebé não morreu”.


O director do Serviço de Pediatria, António Marques Valido diz já ter escrito cinco cartas à administração da maternidade, alertando os responsáveis para a situação. Na última delas, dirigida ao administrador Leonel Rodrigues, no dia 9 de Janeiro, escreveu: “Reafirmamos uma vez mais a total impossibilidade de manter a vigilância terapêutica cárdiorespiratória dos recém-nascidos internados nas unidades de cuidados intensivos e especiais (cuidados intermédios e berçário) ao mesmo nível , declinando toda a responsabilidade pelo aumento de morbilidade e eventualmente de mortalidade que venha a ocorrer nesses doentes”.
A esta carta o médico pediatra juntou uma lista de “necessidades urgentíssimas”, no que respeita a equipamentos, entre os quais se incluem monitores cárdio-respiratórios para os cuidados intensivos e de apneia para os cuidados intermédios e para o berçário; de “necessidades urgentes e imediatas”, em que se integram aquecedores de berços; e outro equipamento também considerado necessário, embora sem o mesmo carácter de urgência.




“Se o problema não for solucionado, em breve seremos obrigados a escolher quais os doentes que ligaremos aos ventiladores mais seguros. Até hoje, temo-nos governado, mas estamos a chegar ao limite dos limites. Não assumimos a responsabilidade sobre o que possa acontecer”, acrescenta.



Como mãe de um bebé extremo prematuro, "salvo" por estes equipamentos e estes técnicos, pediatrase toda a equipa sinto-me bastante preocupada com esta situação. O meu filho nasceu a 3 de Março, esteve uma semana nos cuidados intensivos, 5 semanas nos cuidados intermédios e encontra-se agora no berçario, onde existe um equipamento de apneia no berço. Considero esta maternidade fantástica, onde se salvam vidas, era mesmo necessário mante-la com um equipamento de "ponta", ao nivel dos excelentes pediatras que dispõe.

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